Xinganje & Kaviula, são dois nomes com raiz na cultura ancestral angolana. São a representação física da dualidade do espírito na natureza. Entram em acção aquando da celebração da transformação ou da passagem de algo ou alguém para um novo estádio de vida. No romance "Através da chuva" de Miguel Gullander, Xinganje & Kaviula são duas crianças que dançam e brincam como quem "sacode a morte dos membros".
Ana Maria Pinto (cantora lírica) e Zé Beato (world music) dão vida a um duo inesperado, formado na Namíbia em Maio de 2015, funde dois músicos de raízes culturais totalmente díspares, a clássica e a africana. O duo apresentou-se pela primeira vez em Portugal em Outubro de 2015 no Rivoli, Teatro Municipal do Porto com temas originais que deixam a nu a mais natural vocalidade e força de ambos os timbres. Seguiram-se apresentações no Ateneu Comercial do Porto, no Conservatório de Música de Lisboa e nos espectáculos Classic meets Africa em vários palcos do norte do país.
As suas canções têm raiz directa no improviso, no instante e na partilha do que está para além de todas as divergências: o essencial. O resultado é a simplicidade, terra e água na sua expressão pura, sem recursos artificiais, duas vozes e uma guitarra em homenagem à bondade e para o pulsar do coração ancestral.